Doutorado

Ingresso

Calendário Acadêmico

Estrutura Curricular

O Curso de Doutorado se desenvolve em quatro anos, sendo os dois primeiros anos destinados prioritariamente ao cumprimento dos créditos e os dois últimos anos para o desenvolvimento da tese.

São exigidas 450 horas/aula (o equivalente a 30 créditos), organizados como segue:

1º semestre:

  • Metodologia da Pesquisa 1 (30 horas/aula ou 2 créditos)
  • Metodologia da Pesquisa 2 (30 horas/aula ou 2 créditos)

Do 1º ao 3º semestre:

  • Seminário de Pesquisa (60 horas/aula ou 4 créditos)
  • Seminários Teóricos Avançados (120 horas/aula ou 8 créditos)
  • Disciplinas Específicas (90 horas/aula ou 6 créditos)

4º semestre – Seminário de Tese (120 horas/aula ou 8 créditos)

Ao final do 4º semestre – Exame de Qualificação

5º, 6º, 7º e 8º semestres – Elaboração da Tese e Defesa.

Os Seminários Teóricos Avançados (STA) são organizados em módulos de 2, 3 ou 4 créditos e tem como objetivo aprofundar questões teóricas e/ou metodológicas em Urbanismo. Os STA são propostos conforme os interesses de pesquisa do corpo docente e das teses em desenvolvimento, contemplando estudos seminais, temas emergentes e atualidade teórica da disciplina.

O Seminário de Teses tem o objetivo de promover a discussão sobre os problemas teóricos e metodológicos no desenvolvimento das pesquisas de tese, contribuindo para seu aprimoramento e amadurecimento. A disciplina tem um formato aberto a todos os professores e alunos de Doutorado, o que torna o Seminário um importante fórum de conexão e participação coletiva do Programa na construção do Doutorado. É um espaço reconhecido pelos alunos do PROURB como de criatividade e inovação. É a disciplina onde o orientador acompanha o desenvolvimento do projeto de tese do aluno, preparando-o para o Exame de Qualificação. Consta de trabalhos programados visando a produção de capítulos da tese.

As Disciplinas Específicas constituem um bloco de disciplinas dirigidas para o tema do projeto de tese. Estas disciplinas podem ser escolhidas em outros Programas ou entre as disciplinas do mestrado do PROURB. São também aproveitados créditos obtidos anteriormente validados como créditos em disciplinas especificas.

O estágio de docência constitui a complementação na formação do aluno de pós-graduação candidato ao título de Doutor/Mestre. Esta atividade permite o exercício da prática docente na graduação, supervisionado pelo seu professor orientador. A prática da docência propicia um maior estreitamento do vínculo entre as atividades da pós-graduação com a graduação. É comum entre os nossos alunos que praticam o estágio docente tornarem-se professores substitutos nos departamentos da unidade, sobressaindo-se posteriormente nos concursos públicos para preenchimento de vagas dessa categoria.

Até um terço dos créditos pode ser cursado em outros Programas de Pós-graduação. Os alunos são estimulados a cursar disciplinas em outros Programas como forma de aprofundamento de questões subjacentes ao Urbanismo, e/ou necessidade de complementação teórica específica ao projeto de tese.

O Exame de Qualificação (após a integralização dos créditos) consta da apresentação com arguição do Projeto de Tese revisado e da redação preliminar de pelo menos dois capítulos da tese, demonstrando consistência e completude no quadro teórico, indicação de metodologia, e encaminhamento empírico, quando for o caso. A Banca Examinadora do exame de qualificação é composta de 3 professores do Programa – e, em casos específicos, pode contar com a presença de um membro externo no lugar de um destes. Esta é uma etapa fundamental no doutoramento, quando o projeto de pesquisa de tese é discutido criticamente por membros externos, contribuindo para a consolidação do argumento e do quadro teórico metodológico da tese. A banca avalia a pertinência e a maturidade do projeto de tese qualificando-o a seguir com o desenvolvimento da tese.

A Banca de Defesa da tese de doutorado é composta por no mínimo 5 e no máximo 7 membros doutores, sendo que pelo menos dois deles devem ser membros externos ao Programa.

Disciplinas Obrigatórias

Professor:
Lúcia Maria Sá Antunes Costa
Ementa:

Profas. Lúcia Maria Costa e Fabiana Izaga

Terças-feiras
Horário: 14h00 – 17h00
Início: 13/09/2022

Bibliografia:
Professor:
Eliane da Silva Bessa
Ementa:

Profa. Eliane Bessa

Terças-feiras
Horário: 09h00 – 12h00
Início: 13/09/2022

Bibliografia:
Professor:
Maria Cristina Nascentes Cabral
Ementa:

Profa. Maria Cristina Cabral e profs. convidados.

A disciplina debate as possíveis relações entre conceitos e apreensões da cidade e suas representações e significações imagéticas. Para a construção de estudos de casos sobre cidade, apresentam-se bases de compreensão da produção imagética, a partir de estudos da História da Arte e da fotografia. Serão debatidas as bases teóricas das teorias da imagem de autores selecionados, como a iconografia e a iconologia a partir de Erwin Panofsky; a filosofia da Caixa preta fotográfica de Vilém Flusser, entre outros, além de estudos de caso.

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Terças-feiras
Horário: 14h00 – 17h00
Início: 27/09/2022

Bibliografia:
BENJAMIN, W. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. In: Walter Benjamin: Coleção grandes pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
DIDI-HUBERMAN, G.; BENEVIDES, F. Radical, radicular / revolver as imagens, por a terra em transe. n-1 edições, p. 1, 2013.
DIDI-HUBERMAN, G. Diante da imagem: questão colocada aos fins de uma história da arte. 1a ed. São Paulo: Editora 34, 2013.
_____________________. Sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. _____________________. O que vemos, o que nos olha. 2a ed. São Paulo: Editora 34, 2010. FLUSSER, V. Gestos. São Paulo: Annablume, 2014.
____________. O universo das imagens técnicas. 1. ed. São Paulo: Annablume, 2008. ____________. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. 1a ed. São Paulo: Annablume, 2011.
____________. Bodenlos: uma autobiografia filosófica. 1a edição ed. São Paulo: Annablume, 2007. ____________. Comunicologia. Reflexões sobre o futuro. São Paulo: Martins Fontes, 2015. MACHADO, A. Repensando Flusser e as imagens técnicas. Revista de Comunicação e Linguagens: Rela vs. …, n. 1, p. 1–12, 1999.
MORTIMER, J. Pensar por Imagens: Do interior do retrato ao exterior do retrato ou diante das fotografias de Aracy Esteves (Bahia 1950-1965). In: JAQUES, P. B.; PEREIRA, M. DA S. (Eds.). Nebulosas do Pensamento Urbanístico. Salvador: EDUFBA, 2018.
PANOFSKY, E. Arquitetura Gótica e Escolástica. Sobre a analogia entre arte, filosofia e teologia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1991 (1951).
____________. Significado nas artes visuais. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979 (1955)
Professor:
Guilherme Carlos Lassance dos Santos Abreu
Ementa:

Professor: Guilherme Lassance, com a participação de Luciana Saboia (UnB)

O Seminário abordará as questões tratadas no livro que leva o mesmo título, recentemente publicado (2021) e a hipótese que ele explora de uma revisão crítica do urbanismo moderno como fonte de conceitos de projeto para lidar com a cidade contemporânea. A intenção é de refletir sobre as possibilidades de integração das demandas infraestruturais da cidade como meio de combate à segregação sócio-espacial. Para tanto, pretende se dedicar à discussão de textos que permitam ampliar o atual paradigma de cidade compacta para incluir a possibilidade de uma urbanidade menos pautada pela referência à cidade tradicional e mais disposta à articulação e convívio com atividades essenciais à vida urbana, mas que esse paradigma de cidade continua excluindo.

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Quartas-feiras
Horário: 14h00 – 17h00
Início: 28/09

Bibliografia:
Domingues, A. Paisagens Transgénicas. Finisterra, 56(118), 2021, 9–24.
Hilberseimer, L. Metropolisarchitecture and select essays. New York: Columbia University, 2013. Eisenschmidt, A. (ed.), Cities of Dispersal, AD, Sep/Oct 2012, nº219.
Marot, S. Taking the Country's Side. Barcelona, Poligrafa, 2019.
Pope, A.. Ladders. New York, NY : Princeton Architectural Press, 2015.
Vigano P. et al. The Horizontal Metropolis. Berlim: Springer, 2018.
Waldheim, C. Landscape as urbanism. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2016.
Professor:
Cristovão Fernandes Duarte
Ementa:

Prof. Cristóvão Duarte

Quintas-feiras
Horário: 14h00 – 17h00
Início: 29/09/2022

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A circulação urbana configura um movimento contínuo-descontínuo, envolvendo, simultaneamente, tempo e espaço. Trata-se de um movimento vital e intrínseco ao fenômeno urbano que, resultando das práticas sócio-espaciais cotidianas, participa do processo de constituição da vida urbana. Desta forma, a proposta deste Seminário Teórico Avançado é ampliar o foco sobre a circulação urbana, compreendendo, à luz da história da forma urbana, os seus modos de funcionamento no espaço.

A estratégia metodológica adotada pressupõe a possibilidade de identificar, através da análise das configurações espaciais assumidas pela cidade ao longo da história, a dialética estabelecida entre os fluxos e os fixos. Como dado último verificável da realidade urbana, a forma espacial da cidade fornecerá o ponto de partida para a investigação da circulação na cidade tradicional e na cidade moderna, bem como permitindo a construção de um referencial teórico, a partir do qual serão apresentadas as considerações relativas às possibilidades e limitações, concernentes à problemática da circulação na cidade contemporânea.

Bibliografia:
CARLOS, Ana Fani Alessandri. Espaço-tempo na metrópole: a fragmentação da vida cotidiana. São Paulo: Contexto, 2001.
DUARTE, Cristovão Fernandes. Forma e movimento. Rio de Janeiro: Viana & Mosley: Ed. PROURB, 2006.
HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
LEFEBVRE, H. La revolucion urbana. Madri: Alianza Editorial, 1972.
_________. O direito à cidade. São Paulo: Ed. Moraes, 1991.
_________. La production de l’espace. Paris: Ed. Anthropos, 2000.
MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
ROSSI, Aldo, A arquitectura da cidade. Lisboa: Edições Cosmos, 1977.
SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. A cidade como um jogo de cartas. Niterói: Universidade Federal Fluminense: EDUFF; São Paulo: Projeto Editores, 1988.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: espaço e tempo: razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1999.
SENNETT, Richard. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade, São Paulo: Cia das Letras, 1988.
__________. La conciencia del ojo, Barcelona: Versal, 1991.
__________. Carne e Pedra. Rio de Janeiro: Record, 1997.
VASCONCELLOS, Eduardo Alcântara. Transporte urbano, espaço e eqüidade: análise das políticas públicas. São Paulo: Annablume, 2001.
Professor:
Andrés Martin Passaro
Ementa:

Prof. Andrès Passaro

Disciplina oferecida com a colaboração dos professores Ana Slade e Diego Portas (FAU/UFRJ) 

A disciplina aborda o projeto de arquitetura com ênfase em intervenções de pequena escala e capazes de transformações significativas no ambiente urbano ou paisagem em que são inseridas. As ‘arquiteturas míni mas’ são convocadas como forma de reposicionamento do campo da arquitetura a partir da revisão de precei tos da tradição moderna (CARRANZA; LARA, 2015) e consciência política, provocando reflexões sobre alternati vas de construção e transformação de cidades – a multiplicação do pequeno através de “táticas de infiltração”- como propõe Fernando Diez (2010) – como possibilidade de se promover renovação urbana.

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Sextas-feiras
Horário: 14h00 – 17h00
Início: 16/09/2022

Bibliografia:
CARRANZA, Luis E.; LARA, Fernando Luiz. Modern Architecture in Latin America. Art, Technology, and Utopia. Austin, University of Texas Press, 2015.
DIEZ, Fernando. “Tácticas de infiltración. Diez años de experimentación en Buenos Aires”. In: Summa+ n.107, pp.34-39, 2010.
FAIDEN, Marcelo; ADAMO, Sebastian. “El constructor contemporáneo”. 2009. Disponível em: . Acesso em: 11 out. 2019.
FRAMPTON, Kenneth. Studies in Tectonic Culture: The Poetics of Construction in Nineteenth and Twentieth Century Architecture. Cambridge: The MIT Press, 1995.
__________. “Rappel à l'ordre: argumentos em favor da tectônica” (1990). In: NESBITT, Kate (Ed.). Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo: CosacNaify, 2006.
GOMA OFICINA (org). Arquiteturas Contemporâneas no Paraguai. São Paulo: Romano Guerra Editora/ Editora Escola da Cidade, 2019.