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Reconhecidamente importante no cenário arquitetônico moderno brasileiro, o conjunto de edifícios residenciais projetados pelos Irmãos Roberto para a zona sul do Rio de Janeiro encontra, no projeto das suas fachadas, alguns dos principais aspectos que singularizam a sua obra e que garantem a ela tanto seu papel histórico quanto seu valor como experiência de projeto. Paralelamente, de acordo com Fanelli e Gargiani, a composição plástica dos planos de fechamento dos edifícios pode ser entendida como uma história das soluções feitas para o que faz a especificidade da arquitetura, a saber as relações espaciais potencializadas pelo trinômio espaço, estrutura e fechamento. Com base nessas duas premissas, esta pesquisa se propõe a olhar para os edifícios residenciais modernos produzidos pelos Irmãos Roberto no Rio de Janeiro a partir dos seus planos de fechamento. A escolha por edifícios modernos se justifica pois foi a partir deles que a fachada perdeu sua função estrutural, o que gerou um novo horizonte de possibilidades de articulação espacial. E a escolha pelos Irmãos Roberto se justifica por terem sido ponto alto na produção moderna residencial carioca e brasileira, auxiliando a ampliar consciência sobre um legado cuja fecundidade talvez não esteja esgotada. Assim, analisaremos em escala ampliada os planos de fechamento de um conjunto de 21 edifícios residenciais dos Irmãos Roberto, organizados a partir de quatro temas comuns: a fachada intermediada por varandas; a fachada intermediada por grelhas de concreto acopladas; a fachada intermediada por planos de vidro; e a fachada intermediada por filtros – cobogós, venezianas e treliças de madeira ou de alumínio. O objetivo é explorar um repertório de elementos de arquitetura próprio para os planos de fechamento e relacionado com o modo como a fachada exerce uma transição dilatada entre interior e exterior, tema especialmente caro para os Irmãos Roberto, bem como para a arquitetura moderna carioca.