Espaço, redes de apoio e rotas de fuga: cidades em transformação

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Núcleos e Laboratórios:

Linhas de pesquisa:

O projeto trata das transformações advindas da pandemia do Covid-19, que impôs novos modos de viver incidindo sobre a cidade e a moradia, e acirrou desigualdades e vulnerabilidades sociais e urbanas. Estuda estratégias de enfrentamento com abordagem transescalar e comparativa em 4 regiões brasileiras: Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, identificando a partir das especificidades regionais e culturais as diferentes facetas dos impactos da pandemia. A pesquisa é apoiada pela CAPES (Edital nº 12/2021 – Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Impactos da Pandemia) e envolve os Programas de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFRGS (PROPAR), UFPA (PPGAU), UFC (PPGAUD) e UFRJ (PROURB) – instituição coordenadora do projeto. Para além dos desafios na saúde publica, a pandemia afetou os modos de vida, confinando a população, impondo o trabalho remoto, privando os cidadãos de usufruir da cidade, dos espaços públicos e das atividades de trabalho, lazer, educação e produção. A pandemia e as medidas decorrentes realçaram desigualdades sociais, econômicas e espaciais pré-existentes no Brasil. As desigualdades e dificuldades que populações marginalizadas enfrentam no acesso à moradia digna se tornaram ainda mais claras, principalmente no que diz respeito a deficiências projetuais e construtivas das moradias, bem como nas limitações impostas por carências urbanísticas de toda ordem. A propagação da COVID-19 não é homogênea devido a diferenças sócio econômicas regionais, e nos espaços intra urbanos. Pretende-se identificar, espacializar e análisar fenômenos observados na rede inter-regional, tais como: as redes de apoio que emergiram durante a pandemia; os vetores e condicionantes de êxodo urbano; a sistematização de princípios projetuais e suas decorrências no espaço urbano sobre o alcance das transformações na forma de habitar; interpretação dos novos símbolos sociais decorrentes da pandemia incluindo a emergência da utilização de tecnologias informacionais de e-comércio e prestação de serviços de forma isolada ou com hibridização. Para responder a tais questões, a pesquisa envolve cinco entradas de análise: espacialidades das politicas urbana e de saúde pública; habitação e saúde; redes de apoio e rotas de fuga: a cidade em movimento; novos modos de vida e novos modos de habitar (a casa e a cidade); vulnerabilidades e desigualdades urbano-regionais. O problema de pesquisa oportuniza refletir sobre transversalidades na produção de espaços urbanos em abordagem transescalar tendo como resultados esperados subsídios efetivos para o planejamento de estratégias espaciais para resolver problemas urbanos.

Apoio: CAPES.