Wagner Barboza Rufino
Título da Tese: Metro, Macro, Mega, Meta: Cidade Sós
Ano de defesa: 2016
Orientador: Rosângela Lunardelli Cavallazzi
Resumo | Abstract: A cidade contemporânea – como um aglomerado espacial socialmente produzido em determinado território, e não necessariamente restrito a este, sendo percebido e reconhecido de forma coletiva pelos grupos e de forma distinta por cada indivíduo – é uma parte do urbano que, compreendido como substantivo se coloca como realidade total. No contexto da globalização, esta realidade parece cada vez mais evidente e contraditória. Diversas escalas de territórios urbanizados se conformam inseridos na realidade urbana, e expressando a diversidade e complexidade das formas do urbano. Tal realidade espacializada incorpora e sobrepõe entre si aquilo que já foi, ou ainda é, compreendido de maneira estanque por rural, por territórios produtivos dos setores primário e secundário, por espaços de serviços, espaços de lazer, e enfim, por cidade. Consideramos que, como partes do urbano, há regiões que se destacam por concentrarem extensa diversidade de usos, atividades, dinâmicas e modos de vida, como aquela configurada pela combinação da Região Metropolitana de São Paulo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, seus entornos expandidos e os eixos de ligação entre ambas – a Mega-região São Paulo-Rio de Janeiro. Este território, de grande peso econômico e demográfico nos contextos brasileiro e internacional, concentra e/ou contém espaços diferenciados que se articulam de forma hierárquica, dos quais elegemos um recorte específico para o desenvolvimento de uma discussão sobre o urbano contemporâneo, sendo ele, o eixo de ligação entre as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, estruturado pela Rodovia Presidente Dutra ao longo de parte do Vale do Rio Paraíba do Sul, aqui denominado por ‘Eixo São Paulo-Rio de Janeiro’. Abordado como uma hiperferiferia das grandes metrópoles nacionais (São Paulo e Rio de Janeiro), a tese realiza uma investigação que dá relevo à importância deste território, lançando foco sobre aquilo que se refere à sua dimensão espacial em um exercício de compreensão da produção do espaço na esteira dos processos de uniformização e fragmentação associados à globalização, através do par conceitual “uma cidade só/cidades sós”.