Pedro Henrique da C. L. M. de Oliveira
Título da Dissertação: Tecnopoliticas da Subversão: A casa Fluminense como Catalisadora de Politicas Emergentes.
Ano de defesa: 2019
Orientador: Naylor Barbosa Vilas Boas
Resumo | Abstract: Este trabalho aborda a evolução tecnológica das últimas décadas como fator responsável por influenciar uma mudança paradigmática nas formas de se produzir e viver o espaço urbano. Para além disso, a ascensão dessas tecnologias vêm criando novos tipos de territorialidades híbridas que, por sua condição virtualizada, escapam às leis e regulações dos Estados-nação. Ao mesmo tempo, penetram e rastreiam a vida cotidiana de forma transescalar, superando barreiras físico-geográficas e outras formas herdadas de se pensar tradicionalmente o espaço urbano. Produzidas no âmbito de uma ideologia política neoliberal, tratam-se de novos instrumentos de dominação hegemônica que subjugam realidades e subjetividades a uma lógica reducionista e de apresamento dos indivíduos classicamente marginalizados. Porém, como em toda luta de classes, há resistências. Tendo este panorama como contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender a constituição de forças contra-hegemônicas que atuam em reação às investidas desse novo paradigma de dominação tecnológica. Utilizando como base os conceitos de contraplanejamento e tecnopolítica, o trabalho explora modos subversivos de produção do espaço, sua eficácia e potencial de superação às forças hegemônicas. Para tal, foi realizada uma pesquisa exploratória em fontes bibliográficas para a realização de um mapeamento teórico-conceitual sobre o tema. Em seguida, analisou-se a atuação da Casa Fluminense, no Rio de Janeiro, como um coletivo de atores interligados que catalisam práxis territoriais capazes de lhes garantir o direito a participar do processo de produção do espaço urbano de forma autogestionária através da própria tecnologia como artifício de combate.