Mariana Andrade Cretton André Cruz
Título da Dissertação: Cidade para quem? O lugar da moradia no Porto Maravilha
Ano de defesa: 2017
Orientador: Pablo Cesar Benetti
Resumo | Abstract: Porto Maravilha é o nome da Operação Urbana Consorciada do Porto do Rio Janeiro, lançada em 2009. Em um contexto de grandes transformações urbanas impulsionadas pela realização de megaeventos na cidade do Rio de Janeiro, o projeto de renovação urbana da área portuária seguiu a receita neoliberal do planejamento estratégico. A reestruturação da infraestrutura urbana foi pensada para a criação de uma “imagem de cidade” capaz de fomentar o uso coorporativo na área e inserir o Rio em um mercado global, preterindo os interesses e necessidades dos moradores da região. Ainda que as intervenções urbanas propostas alterem profundamente a dinâmica socioeconômica da região portuária, área historicamente ocupada por trabalhadores de baixa renda, inicialmente a Operação sequer mencionou a demanda por moradia popular. Somente em 2015, quando a liberação de novos recursos para a Operação foi condicionada à apresentação de um plano de HIS, foi apresentado o Plano de Habitação de Interesse Social do Porto Maravilha. A partir da leitura espacial quantitativa e qualitativa da moradia popular dentro da Operação do Porto Maravilha, sempre relacionada à Operação em sua totalidade, este projeto de pesquisa investiga o grau de segregação ou integração das medidas adotadas, dentro do contexto socioespacial existente, para então compreender qual o lugar da habitação social no Porto Maravilha e o quanto este se distancia da ideia de direito à cidade, a fim de denunciar as distribuições injustas em relação ao espaço da moradia popular e na esperança de prover possíveis subsídios a uma retomada da essência urbana - de equidade de trocas e informações, encontros e coexistência da diversidade.
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