Maria Pace Chiavari
Título da Tese: O Retrato Fotográfico Institucional do Rio de Janeiro, Capital Belle Époque 1906-1922
Ano de defesa: 2015
Orientador: Lilian Fessler Vaz
Resumo | Abstract: O Rio de Janeiro, ao longo das duas primeiras décadas do século XX, se torna objeto privilegiado de ilustrações fotográficas. A motivação de tanto interesse está no novo aspecto apresentado pela cidade, resultado de importantes transformações realizadas em correspondência ao advento da República. Após os primeiros anos do novo governo, marcados por variadas vicissitudes, o Presidente Rodrigues Alves (de 1902 a 1906), ao apresentar, em 1902, o programa de saneamento e renovação urbana da Capital Federal, fez com que a imagem da cidade se tornasse a figuração simbólica da política, então, instaurada. Os três álbuns fotográficos institucionais, escolhidos pela tese como fontes de pesquisa, são indicadores da diretriz urbana que se tornou representativa do período histórico denominado de “Primeira República”. São os seguintes: 1) Av. Central, 8 de março de 1903 - 15 de novembro de 1906, de Marc Ferrez. 2) Vues de Rio de Janeiro – Brésil (~1910) Phot. Musso. 3) Álbum da Cidade do Rio de Janeiro comemorativo do 1º Centenário da Independência do Brasil 1822-1922. Augusto Malta, Huberti&Baer, S. Hygas, Bippus, Lopes, e outros autores. O objetivo da tese é fazer da leitura dos álbuns fotográficos institucionais o meio para a construção do retrato da Capital Rio Époque. Em tal imagem encontra-se refletido o plano urbano que o governo republicano apresenta como modelo de sua gestão. O cenário visualizado, segundo a ótica do poder, assume, no projeto de tese, a forma de documento capaz de dar conta da evolução urbana acontecida no Rio de Janeiro entre 1904 e 1922. Procurou-se ainda evidenciar o importante papel desenvolvido pelos autores das fotos. A partir de Marc Ferrez e Augusto Malta até os menos conhecidos, como os ateliers L. Musso, Huberti&Baer, Bippus, Lopes, S. Hygas, etc. Esses profissionais qualificados contribuíram para a fotografia urbana que hoje ocupa um importante lugar na história da cidade. Os significados assumidos pelos álbuns escolhidos pela tese em relação à construção da cidade do Rio de Janeiro fazem com que eles se tornem “documentos monumentos”, enquanto registros da memória urbana.
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