Letícia Bonatto
Título da Dissertação: Palmas e seus momentos , ou memória como experiencias, gestos e conflitos.
Ano de defesa: 2019
Orientador: Margareth da Silva Pereira
Resumo | Abstract: Essa dissertação tem como intuito discutir, ainda que brevemente, práticas contemporâneas de rememoração do passado e construção de monumentos em Palmas, capital do Tocantins. Como cidade planejada e inaugurada em 1989, Palmas é considerada, por muitos, uma cidade “nova”, que nasceu “no nada”, “em busca do tempo” ou, enfim, uma cidade sem “história”. Contudo, em 30 anos de existência a cidade acolheu, entre projetos e construções um total de 16 monumentos identificados, alguns dos quais já destruídos. Esses monumentos que intentam estabelecer, a partir da materialidade, uma narrativa histórica da formação da cidade, assim como do estado do Tocantins, e contribuiriam para forjar uma “identidade” inexistente e da qual a cidade careceria. Nesses jogos de memória, vestígios e práticas ancestrais continuam não sendo sequer percebidas ou valorizadas.
A pesquisa buscou, assim, identificar, primeiramente, as diferentes conceituações do termo monumento formuladas ao longo dos séculos XVIII e XXI. Buscou-se entender, particularmente, a construção de seu significado simbólico como gesto de rememoração histórica e de fortalecimento de vínculos sociais, culturais, ou de crenças coletivas, fomentado pela ação de organizações de preservação e salvaguarda do que passou a ser considerado patrimônio ou bem comum e que surgiram paralelamente a esse processo. Contudo, a medida que se compreendeu que as relações e os vínculos memorias estabelecidos na cidade são múltiplos e plurais, o trabalho ambicionou também contribuir para chamar a atenção para outras memórias e outras formas de rememoração pouco consideradas, analisando, em específico, o projeto do Monumento ao Cristo, discutido desde 2003 e cuja construção se inicia em 2014, na Serra do Lajeado.
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