Claudia de Freitas Escarlate
Título da Dissertação: O Rio Cabeça: Paisagem, Memória e Convívio
Ano de defesa: 2006
Orientador: Lúcia Maria Sá Antunes Costa
Resumo | Abstract: Para os nossos pequenos córregos e riachos, o percurso pelo interior da cidade do Rio de Janeiro foi sempre uma tarefa complicada. Ao contrário do que acontece com os grandes rios em outras cidades, cujo porte se impõe num primeiro momento ao processo de urbanização, para os nossos pequenos rios este processo em grande parte dos exemplos demonstra a transformação da paisagem ribeirinha com a perda de suas características naturais. Esta pesquisa pretende investigar a inserção paisagística de pequenos córregos e riachos no meio urbano. Apresenta como estudo de caso a o Rio Cabeça, parte da Bacia da Lagoa Rodrigo de Freitas, localizado no bairro do Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Nossa análise está estruturada sobre duas bases teóricas: a memória e o convívio que se traduzem também nos levantamentos realizados em campo. Nosso objetivo foi desvendar as relações humanas com o Rio Cabeça ao longo da história da cidade trazendo portanto uma abordagem cultural para esta pesquisa. Finalmente, este estudo conclui argumentando sobre a importância do acesso público e da visibilidade das estruturas naturais na construção da paisagem urbana. A busca é por propiciar um convívio harmônico entre a população da cidade e os seus córregos de forma a permaneçam como parte da paisagem da cidade. Por fim este trabalho apresenta um estudo conceitual para o nascimento de um novo parque urbano na cidade do Rio de Janeiro que seria o primeiro parque criado com o objetivo de valorizar um rio esquecido e portanto seria uma proposta paradigmática nesta cidade. O Parque Rio Cabeça traria embutido em sua a criação a valorização de monumentos históricos e naturais propiciando aos moradores da cidade um vislumbre de sua memória e uma nova forma de conviver com suas estruturas naturais.