Alternativas construtivas e Habitação no Brasil

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O objetivo geral da pesquisa é organizar uma coleção obras arquitetônicas circunscritas na produção recente latino-americana e analisá-las como estudos de caso que possam corroborar para o debate sobre alternativas construtivas para a produção arquitetônica no Brasil e que apresentem soluções de qualidade e viabilidade econômica para projetos de arquitetura no âmbito da habitação de interesse social. A pesquisa visa contribuir no debate e produção de alternativas relacionadas a materiais e sistemas construtivos para a arquitetura habitacional e melhoria da qualidade de vida nas periferias das grandes cidades brasileiras.

A diversificação de processos construtivos é entendida também como forma de possibilitar modos  alternativos de gestão dos canteiros de obras. No Programa MCMV, a modalidade Entidades abre possibilidade de formas diferenciadas de gestão, viabilizando formas associativas de produção habitacional no lugar do padrão mais comum e de mercado que é através de uma construtora.

O interesse desta pesquisa está focalizado em um cruzamento de duas agendas principais: a tectônica, compreendida como “poética da construção” (FRAMPTON, 1995), e a questão das periferias urbanas, que se torna ao mesmo tempo tema central de reflexão e campo prático. Esse cruzamento de agendas tem como principal objetivo a aproximação do projeto de arquitetura às demandas vinculadas às realidades cotidianas, almejando se pensar projetos plausíveis do ponto de vista material, construtivo e econômico. O conceito de tectônica é deslocado de seu contexto de origem – o reconhecimento por Frampton de obras de inegável qualidade e expressão construtiva por renomados autores – e ganha contornos políticos apresentando uma alternativa para as futuras arquitetas e arquitetos participarem de forma ativa na produção da cidade, e sobretudo, das regiões periféricas.

Além disso, há uma ênfase na pesquisa tecnológica e de processos construtivos desde a escolha de materiais, sistemas e métodos. A questão fundamental que se coloca é de se pensar a escolha dos materiais e processos construtivos a partir dos contextos específicos, seus materiais disponíveis, quem e como se constrói, e que essas escolhas possam contribuir para arquiteturas mais econômicas, humanas e identitárias.