Ecologia urbana: waterfront no Rio de Janeiro

Coordenadores:

Integrantes:

Núcleos e Laboratórios:

Linhas de pesquisa:

O presente Projeto de Extensão tem por objetivo a construção coletiva de um plano de ações relativas à apropriação dos espaços públicos da zona portuária do Rio de Janeiro, tomando como referência social, cultural, físico-espacial etc. o Morro da Conceição. A Ação de Extensão dá continuidade à colaboração já existente com a Associação de Moradores e Amigos do Morro da Conceição (AMAMCO) para identificar junto à população local pontos positivos e negativos advindos pela implantação, do projeto “Porto Maravilha”, em modelo de revitalização urbana do tipo waterfront, na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro.
Em trabalhos anteriores (PIBIC, PIBIAC, Extensão etc.), foram identificadas concepções urbanísticas invasivas e desrespeitosas com os ambientes existentes, nos quais o turismo surge como elemento perturbador do equilíbrio público-privado e da própria vivência dos espaços públicos da região.
A proposta é colaborar com a comunidade na identificação de ações que ajudem a criar uma relação de maior harmonia entre residentes e visitantes. A ideia é, a partir da aplicação de questionários, conversas e entrevistas, em grande parte já realizadas durante o último biênio, conformar um documento ilustrativo dos muitos desejos e intenções no que concerne a diversos campos temáticos, sempre na perspectiva do espaço público e do desejo coletivo: adequação de projeto urbanístico, instalação de novos equipamentos, implantação de desenho urbano, fomento a novos usos necessários, reestudo de instrumentos para mitigação de conflitos, estudo das áreas livres públicas etc. Até aqui, as prioridades eram lidar com espaços livres públicos existentes exclusivamente no interior dos limites do Morro da Conceição. Agora, o objetivo será lidar com as áreas intersticiais, – nas bordas limítrofes entre o Morro da Conceição e a renovada Zona Portuária, – como, por exemplo: Praça da Harmonia, rua Sacadura Cabral, Cais do Valongo e da Imperatriz, Jardins Suspensos do Valongo, Largo do Depósito etc., em diferentes escalas de intervenção (GURAN, 2019).
Além disso, a recém incorporação do ambiente da “Pequena África” no Projeto de Extensão, com ênfase na cultura negra, pode fortalecer um turismo cultural importante para a Zona Portuária, a cidade do Rio de Janeiro e o Brasil. A parceria celebrada em dezembro/2021 com o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) se baseia na necessidade de dialogicidade que permita a troca de experiências e conhecimentos sobre o passado de uma cultura testemunha da opressão sofrida pelos negros durante a escravidão.