Luiz Augusto da Costa Santos Filho
Título da Dissertação: BAIXO RIO: Concerto Para Uma Paisagem Sepultada. Uma imersão na Avenida Paulo de Frontin, no bairro do Rio Comprido - Rio de Janeiro
Ano de defesa: 2019
Orientador: Victor Andrade
Resumo | Abstract: O trabalho que segue é uma narrativa sistematizada a partir de alguns fragmentos fundamentais dentro de um processo inicialmente intuitivo e mais tarde estrategicamente elaborado, batizado como Baixo Rio. Uma jornada descritiva, mas ao mesmo tempo reflexiva, desse processo que objetivou revelar a obscurecida Avenida Paulo de Frontin e seu entorno, no bairro do Rio Comprido, no município do Rio de Janeiro. Fazendo uso de uma série de ações táticas individuais ou coletivas, de sensibilização e engajamento, ocorridas ao longo de um período de aproximadamente dois anos. Buscando, com isso, potencializar uma transformação responsável, sustentável, resiliente e efetivamente participativa, a partir e com as demandas populares. A divisão dos capítulos em nomenclatura musical intencionou uma ordenação estética quase clássica, porém escrita de forma a permitir a desconstrução da rígida sequência, como nos processos de reprodutibilidade técnica originados na modernidade e que se intensificaram até os nossos dias, não se construiu uma aura dissertativa. Isso significa que a leitura fragmentada é aceita na compreensão do todo. Podendo-se ler, reler, aplaudir ou vaiar cada um desses fragmentos pelo valor individual de sua passagem, mesmo sabendo que eles compõem uma obra maior onde qualquer uma dessas passagens poderá ser escolhida pelo leitor como clímax significativo na compreensão do todo, quase como uma síntese que nunca será. Exatamente como se faz com a música de concerto ouvida nos meios reprodutivos de hoje, arquivos digitais, aplicativos de fluxo de mídia (streaming), etc. Por exemplo, quem não conhece a Sinfonia nº 5 de Beethoven? Mas será que todos conhecem a sinfonia ou o tema ritmo melódico presente já no primeiro pentagrama da obra? (pan pan pan pannn). Essa organização se fez em cinco blocos, com intensões e dimensões muito distintas, sendo eles: Abertura como um conjunto introdutório; Primeiro Movimento como descrição metodológica e busca do entendimento do lugar a partir de aspectos fenomenológicos e hermenêuticos experimentados ou pesquisados; Segundo Movimento como ações ou projeções desenvolvidas para o lugar; Terceiro Movimento como provocação final, um encerramento abrupto, porém ainda assim aberto; Por último apresentou-se um Libreto como indicador de caminhos reflexivos, não conclusivos da dissertação, como uma dica, um encaminhamento de um poder ser, uma introdução a uma nova obra possível.