Mauricio Javier Sierra Morales
Título da Tese: A Cidade Pelas Bordas: Margem e Reconfiguração Urbana
Ano de defesa: 2012
Orientador: Denise Barcellos Pinheiro Machado
Resumo | Abstract: Temos que nos libertar da armadilha racional do pensamento ocidental que separa as coisas e coloca limite em tudo. Caso contrário, vamos assistir ao fim iminente do tempo e do espaço. Sendo mais claro: se não mudarmos nossa maneira de pensar, vamos favorecer nosso próprio apocalipse (autodestruição), no planeta terra (mais uma vez) A necessária reconfiguração urbana contemporânea consiste numa tomada de consciência, simultânea (individual, coletiva, cósmica, quântica), de eventos simultaneamente (condicionados e situados), a qual pode ser alcançada através de um projeto de borda à borda; tal projeto visto como um processo (ao mesmo tempo individual, coletivo, cósmico, quântico) que concomitantemente transforma tais eventos (da borda à borda). O processo evolutivo do verdadeiro urbanismo, que possibilita a desejada transformação multicultural das diferenças na transformação intercultural das desigualdades e destas últimas à transformação transcultural das desconexões (culturais, sociais, políticas), pede-nos responsabilidade para com o objeto, racionalidade no método e inteligência no trato da problemática que conhecemos, investigamos e julgamos como as desnecessárias e indesejadas segregações, fragmentações e violências (culturais, sociais e políticas) formalizadas e regulamentadas em uma Arquitetura “porosa” ii e em um urbanismo globalizado e contemporâneo. Somente assim, tem sentido procurar modificar os eventos que equivocadamente consideramos como “problemas”; entendendo que o ser humano é o verdadeiro evento a reconfigurar. Não o falso humanismo e, portanto, tampouco o falso urbanismo.