Prêmio FAPERJ de Ciência, Inovação e Reconhecimento – Ana Lucia Nogueira de Paiva Britto
Com alegria informamos que a Profa. Dra. Ana Lucia Britto foi laureada com o 1o. lugar no Prêmio FAPERJ de Ciência, Inovação e Reconhecimento – Destaques do Rio de Janeiro – categoria Pesquisa de Impacto, com as pesquisas: Saneamento básico e águas urbanas na metrópole do Rio Janeiro: análise na perspectiva dos Direitos Humanos à Água e ao Esgotamento Sanitário e da Sustentabilidade; e Desafios para uma Governança Climática na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
As pesquisas têm como foco a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Elas analisam: (i) a gestão metropolitana do saneamento básico e sua aderência aos princípios dos Direitos Humanos à Água e ao Esgotamento Sanitário (DHAES), utilizando como referência o ODS 6, que visa garantir água e saneamento para todos: (ii) e a gestão climática tendo como base o ODS 13.1, voltado à resiliência e adaptação aos riscos e impactos da mudança do clima.
Os estudos desenvolveram duas experiências voltadas ao fortalecimento de políticas públicas, inovação e participação social.
A primeira aborda o manejo de águas pluviais e a resiliência às inundações na Baixada Fluminense, por meio do projeto Parque Quilombo do Bomba, em São Bento, Duque de Caxias. Inicialmente concebido em um ateliê do PROURB e depois aprimorado pelo Laboratório de Estudos de Águas Urbanas, o projeto surgiu de uma demanda de movimentos sociais, que já haviam articulado um projeto de lei apresentado à ALERJ. Faltava, porém, a proposta urbanística, construída coletivamente a partir dos conceitos de cidades sensíveis à água e cidades esponja. O parque prevê equipamentos públicos, mirantes para a Baía de Guanabara, 17 km de ciclovia suspensa e se estrutura em três camadas: Percursos, Regeneração e Reflorestamento. Os percursos conectam áreas internas e periféricas, a Sede São Bento e a futura Estação Quilombo do Bomba. Já o reflorestamento visa recuperar o mangue e sua fauna.
https://www.youtube.com/watch?v=CbX1BA_Eg7Y
A segunda experiência trata do acesso à água em assentamentos informais de São Bento, que enfrentam intermitência e falta de conexão à rede formal. Desenvolvida com a ONG Fase/RJ e a Associação de Mulheres de Atitude e Compromisso (AMAC), a iniciativa implementa cisternas verticais para captação de água de chuva, instaladas nas áreas externas das residências e destinadas a usos não potáveis. O projeto capacitou 12 mulheres da AMAC para instalar os sistemas e resultou em 51 cisternas nos assentamentos de Novo São Bento e Vila Alzira.
https://www.youtube.com/watch?v=0baLNt55BtI
Parabenizamos a Profa. Ana Lucia pelo trabalho, pelo merecido reconhecimento e pela trajetória de impacto nos direitos humanos de comunidades vulneráveis do nosso Estado.
