Alunos dinter

Sergio Henrique Allemand Motta

Título da Tese: A colonização da Amazônia Mato-Grossense e as cidades da BR - 163

Ano de defesa: 2015

Orientador: Denise Barcellos Pinheiro Machado

Resumo | Abstract: As políticas desenvolvimentistas implementadas a partir da década de 1970 pelo governo militar foram responsáveis pela criação de inúmeras cidades na Amazônia. Essas políticas buscaram integrar a Amazônia brasileira ao Sul e Sudeste e resolver os conflitos pela terra no Nordeste e Sul do país,o que propiciou o surgimento de um intenso fluxo migratório para a região, que foi responsável pela criação da fronteira agrícola da Amazônia.O fluxo migratório para a região, estabelecido a partir da década de 1970, além do componente espontâneo, contou, também, com um componente dirigido, estimulados pelos projetos de colonização da iniciativa privada e do poder público.As cidades da Amazônia mato-grossense, localizadas às margens da BR 163, integram a área de interesse deste estudo. Dentre estas cidades, duas foram selecionadas para estudo de caso: Guarantã do Norte e Nova Mutum.A primeira, Guarantã do Norte, foi originada de um projeto de colonização empreendido pelo poder público.A outra cidade considerada foi Nova Mutum, originada de um projeto de colonização empreendido pelo setor privado.A análise comparativa entre estas duas cidades permitiu a identificação de inúmeras diferenças em termos urbanísticos, entre as quais destacam-seo tamanho do nucleamento urbano, a infraestrutura urbana e a quantidade e qualidade dos serviços oferecidos às populações dessas cidades.Em termos socioeconômico, tem destaque a produção agropecuária, a renda per capita e o Índice de Desenvolvimento Humano. Ressalta-se que o objetivo desse estudo foi definir os fatores responsáveis por essas diferenças.O estudo apontou como fatores responsáveis pelas diferenças identificadas nas cidades de estudo, a capacidade econômica e de gerenciamento e os interesses do agente colonizador, o perfil empreendedor e o potencial de capitalização dos migrantes assentados nos projetos de colonização, o tamanho da maioria das propriedades rurais maiores do que 500 hectares, a localização da área do projeto de colonização, se em áreas do bioma cerrado ou bioma amazônico e, sobretudo pelo impulso dado ao agronegócio.

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