Alunos egressos

Lara Scanapieco Barreto

Título da Dissertação: O Patrimônio Cultura Urbano e Paisagístico em Áreas Periféricas: Análise da APAC MArechal Hermes (2013)

Ano de defesa: 2021

Orientador: Andréa de Lacerda Pessôa Borde

Resumo | Abstract: Buscamos investigar, nesta dissertação, questões relativas à efetividade da preservação e da conservação do patrimônio cultural urbano e paisagístico situado em espaços às margens dos espaços centrais e das centralidades. Partimos da hipótese que esses fatores contribuiriam para uma sistemática deterioração e apagamento de patrimônios culturais situados nestes espaços às margens. Delimitamos como objeto de análise o bairro de Marechal Hermes que, em 2013, passou a constituir a primeira Área de Proteção do Ambiente Cultural - APAC do subúrbio carioca, cuja história das vilas permaneceu esquecida na paisagem do subúrbio carioca até sua narrativa e memórias serem resgatadas com a implantação deste instrumento pelo órgão de tutela da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (Instituto Rio Patrimônio da Humanidade - IRPH). Temos por objetivo, deste modo, investigar as transformações espaciais no bairro Marechal Hermes; assim como as políticas públicas para o patrimônio cultural da cidade do Rio de Janeiro, com foco no instrumento APAC. Busca-se verificar se a condição de “vitrine-não-vista” proposta por OLIVEIRA (2009) e FERNANDES & OLIVEIRA (2010) se repetiria com a implementação da APAC em Marechal Hermes. Adotamos como metodologia de análise o levantamento das fontes teóricas sobre o tema bem como também o levantamento de dados iconográficos, cartográficos e jornalísticos sobre o bairro e suas configurações urbana, morfológica e histórica. O desenvolvimento da pesquisa nos conduziu à conclusão de que as definições dos espaços e as intenções para a idealização de projetos, como os das vilas de Marechal Hermes, estão em contínuo deslocamento entre centros e margens no espaço urbano. E, mais, que este deslocamento participa das visões contemporâneas do patrimônio, no Rio de Janeiro e no Brasil, que têm no instrumento tombamento a principal fonte de legitimação e reconhecimento do patrimônio das margens. Uma ação que tem se mostrado insuficiente para salvaguardar esses patrimônios e suas paisagens culturais.

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