Alunos egressos

Fabiana Generoso de Izaga

Título da Tese: Mobilidade e Centralidade no Rio De Janeiro

Ano de defesa: 2009

Orientador: Rachel Coutinho Marques da Silva

Resumo | Abstract: Esta tese investiga a relação entre mobilidade e centralidade na metrópole do Rio de
Janeiro no presente. Partimos da consideração do estreito vínculo entre o movimento
de pessoas e a urbanização, representado no momento atual pela intensificação dos
deslocamentos e a crescente policentralidade das aglomerações. As noções de
mobilidade e transporte urbano e de infraestrutura e forma urbana são discutidas
através do fenômeno da metropolização, da mutação dos sistemas de acessibilidade e
do aumento da velocidade dos transportes, os quais estabelecem novas relações entre
redes técnicas e territórios. A pesquisa busca investigar as infraestruturas de mobilidade
existentes no Centro tradicional do Rio de Janeiro, e que o articulam com sua área
metropolitana. A hipótese é de que as infraestruturas de mobilidade presentes no
Centro tradicional do Rio de Janeiro provêem explicações significativas para a sua
centralidade, no cenário atual de policentralidade do espaço metropolitano. Utilizamos
como premissa da investigação a análise em duas escalas, a da área metropolitana e a do
tecido urbano. As infraestruturas de mobilidade são abordadas através da compreensão
de dois atributos que são as ligações, definidas pelas redes de acessibilidade, e os seus
nós, pontos onde há acumulação espacial de atividades. Os aspectos metodológicos
relacionam a análise diacrônica à análise espacial da forma urbana, e à investigação das
centralidades urbanas a partir da análise dos fluxos exprimidos por dados de demanda
de transporte. As conclusões apontam que no processo de mutação dos espaços
centrais, ocorrido a partir da última década do século XX na aglomeração do Rio de
Janeiro, ocorreu a consolidação de algumas centralidades em escala metropolitana, na
qual se destacam aquelas em localizações mais distantes do núcleo, que têm ganhado
importância e mais autonomia principalmente com relação ao motivo trabalho.
Entretanto, isto não tem acontecido às expensas da retração total do antigo Centro, que
se refuncionaliza, mantendo-se como centralidade polarizadora de funções importantes
em escala metropolitana. A presença e a concentração no Centro tradicional de
importantes pontos de acesso e conexão às infraestruturas de transporte de alcance
metropolitano, ausentes em outras centralidades, contribuem para a sua manutenção
como destino que mais polariza deslocamentos na metrópole do Rio de Janeiro.

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